Mosaico de sonhos desfeitos
Esperar muito que algo aconteça. É a isso que chamamos de expectativa.
Durante a espera, há várias fases. Primeiro vem a do sonho, o recanto das mil possibilidades, onde não há qualquer entrave. Momento em que sorrimos no meio da tarde. Depois vem a fase dos planos, quando colocamos tudo na ponta do lápis e as possibilidades são reduzidas a um punhado que cabe na palma da mão. Momento do suspiro, quando sentimos tudo tão perto. Por fim, a fase da escolha: é isso que eu quero e é isso que dá para fazer. Momento do suor frio. Será que vai dar certo?
Não, não vai.
O nosso erro é esquecer que a última fase é outra: quando as coisas não acontecem.
Tranqüilo nas coisas pequenas, mas e quando é grandioso? Quando você planeja os seus dias em torno disso? Quando não envolve só você? Quando tem a ver com o futuro que se anuncia? Quando um sim ou não vai mudar todo o resto?
Simples. Para quem vive de quebrar acordos é simples. Triste. Para quem vive de juntar planos desfeitos é triste. Mais triste ainda quando nos exigem a mais doce aceitação. É assim, não é?
É.
Era.
Há momentos em que precisamos voltar a chorar de alegria.
Feliz dia dos namorados...ufgh
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